uma manhã humana
gente e calma
daquelas em que eu acordassenão pela incoerência o alarme
ausência dum sussuro penetrando meus ouvidos
não tambem por excesso de sonomas porque um balde de agua fria
á ordem de meu dono
sobre mim não se jogasse
manhãs de trbalho
manhãs de xibalo
Eu do queria
uma tarde em que eu não chorasse
dor alguna sentisse
uma tarde em que não mais drama
o mundo me mostrasse
e nem mais nele visse divorciar-se da vida
pessoas e gente
por mim amadas e querida
pois não mais violênciada mão do opressor brotasse
tardes de massacre
Eu só queria uma noite
uma noite em que realmente
profundamente dormisse
por mais curto que fosse o tempoa minha mente sonhasse
uma noite em que por instante algum
pelo sossego implorassenoites de tormento
Eu só queria um ano impar
àqueles em que sobrevive
com alegria congelada
espirito abrigado na melancolia
paz condenada
com alma martirizada pela agonia
liberdade encarcerada
com coração bastardo de euforia
anos de escória
anos de tirania
oposta àquelas
em que me alimentei de sonhosimaginações
medicando as feridas da opressao
com dosagens de esperanças e ilusões
àquelas em que minha vida tinha donos
e do meu corpo fazia-seo que ao colono conviesse
màquina de trabalho
meio de transporte
qualquer coisa que o enriquecesse
por vezes mercadoria
décadas de guerra
décadas de morte
pela vida eterna.
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